O trabalho da Albergaria envolve um território: a Natureza. Uma natureza manipulada, plantada, transportada, hierarquizada, catalogada, estudada, sentida e relembrada através da exploração contínua de jardins em fotografia, desenho e escultura. A artista vê os jardins como construções elaboradas, sistemas representacionais e mecanismos descritivos que sintetizam um conjunto de crenças ficcionais que são empregadas para representar o mundo natural. Os jardins também são ambientes dedicados ao lazer e estudo, processos culturais e sociais que produzem uma compreensão histórica do que é conhecimento e do que é prazer. De maneira mais geral, as imagens de jardins e espécies vegetais empregadas pelo artista são utilizadas como dispositivos para revelar processos de mudança cultural por meio dos quais são produzidas visões da natureza. Mediados por sistemas de representação, eles geram diferentes versões do que vemos como paisagem – um sistema complexo de estruturas materiais e hierarquias visuais, construções culturais que definem o enquadramento de nosso campo visual. Desde 1999 a Albergaria expõe regularmente em todo o mundo.